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Revisitando propostas e iniciativas de organização do ensino em ciclos: um debate atual e necessário

Ocimar Munhoz Alavarse, Paulo Henrique Arcas, Cristiane Machado, 2018

Neste artigo recuperam-se e analisam-se propostas e iniciativas de organização do ensino fundamental em ciclos das redes municipais de Belo Horizonte, Porto Alegre e São Paulo implantadas na primeira metade dos anos 1990 e que serviram de referência para outras redes de ensino, principalmente após a promulgação da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB). No contexto de políticas de educação que têm preconizado sua qualidade como expressas nos resultados de avaliações externas em larga escala, considera-se necessário recuperar iniciativas que, sem necessariamente recusar a utilização desses resultados, buscaram alterar a organização curricular do ensino fundamental com vistas à ampliação da qualidade na perspectiva de sua democratização.

Revisitando propostas e iniciativas de organização do ensino em ciclos:

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CENÁRIOS DE GESTÃO DE ESCOLAS MUNICIPAIS NO BRASIL: QUESTIONÁRIO CONTEXTUAL DA PROVA BRASIL

ANGELA MARIA MARTINS, Sandra Zákia Souza, Cristiane Machado, Giselle Cristina Martins Real , Maria Helena Aguiar Bravo , 2018

Este artigo discute resultados de estudo que caracterizou cenários de gestão vigentes em escolas municipais no Brasil, com base em respostas dos diretores ao questionário contextual da Prova Brasil de 2015. Teve como propósito analisar a potencialidade de práticas declaradas no instrumento para contribuir com a democratização da educação. Identificados limites nos constructos dos itens, o referido instrumento trouxe subsídios para exame de: dados de perfil, trajetórias de formação e profissional; participação de famílias e demais membros da comunidade na gestão das escolas; iniciativas que incidem no acesso e permanência dos alunos na escola com garantia da aprendizagem. Utilizou-se o software IBM SPSS Statistics-20, programa desenvolvido para realizar análises estatísticas.

CENÁRIOS DE GESTÃO DE ESCOLAS MUNICIPAIS NO BRASIL: QUESTIONÁRIO CONTEXTUAL DA PROVA BRASIL

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PLANEJAMENTO DOCENTE NO CONTEXTO DE UMA GESTÃO MUNICIPAL DEMOCRÁTICA

Gilne Gardesani Fernandez, Cristiane Machado, 2018

Este artigo tem o objetivo de apresentar e analisar resultados de pesquisa de mestrado que teve o propósito de conhecer e compreender as práticas docentes de planejamento escolar no âmbito de uma gestão democrática da educação, por meio de uma pesquisa de campo juntamente aos professores do ensino fundamental regular, da rede municipal de ensino de Santo André (SP). A pesquisa de campo, de abordagem qualitativa, foi baseada na aplicação de Survey enviado por e-mail, aos 699 professores da rede municipal no ano de 2016. Os resultados do estudo indicam que os professores consideram o planejamento como um processo de reflexão sobre a prática, que resulta em instrumentos para o trabalho pedagógico, um movimento que abre caminhos para a democratização do ensino, sendo capaz colaborar com o acesso de todos os conhecimentos acumulados que são participativos, mas nem sempre coletivos; denotam que os instrumentos solicitados pelos gestores são os mesmos que os docentes utilizam para a organização de sua prática, parecendo não ser apenas executados para cumprir função burocrática e que, segundo os professores, para o sucesso das aulas os planos devem ter uma organização que inicie com a definição de metas e objetivos até a previsão de critérios e instrumentos de avaliação, passando pelos conteúdos, estratégias diversas e organização do tempo.

PLANEJAMENTO DOCENTE NO CONTEXTO DE UMA GESTÃO MUNICIPAL DEMOCRÁTICA

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PERCEPÇÕES DISCENTES SOBRE AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM EM UMA GESTÃO MUNICIPAL DEMOCRÁTICA

Cristiane Machado, Angela Maria Martins, Gilne Gardesani Fernandez, Adriana Cristina Reis de Assis, Dulcilene Aparecida Batista, 2018

Este artigo tem o objetivo de analisar as percepções de alunos sobre avaliação da aprendizagem no âmbito da política educacional implementada na rede municipal de Santo André (SP). Apresenta um estudo qualitativo que elaborou uma triangulação analítica entre aspectos do contexto da política educacional do município pautada na perspectiva de gestão democrática, com base em documentos oficiais; discute a literatura da área dos estudos sobre avaliação de aprendizagem; e apresenta informações colhidas, por meio de grupos focais, junto aos alunos do 5o ano do Ensino Fundamental I de duas escolas municipais. As entrevistas foram examinadas com base na análise de conteúdo. Os dados demonstram que os alunos percebem a avaliação de forma positiva, como um instrumento que estimula e colabora com avanços na aprendizagem em sala de aula, indicando possíveis reflexos dos princípios da gestão democrática instaurada na educação municipal.

PERCEPÇÕES DISCENTES SOBRE AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM EM UMA GESTÃO MUNICIPAL DEMOCRÁTICA

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Avaliação da educação básica e qualidade do ensino: estudo sobre os anos finais do ensino fundamental da rede municipal de ensino de São Paulo

Cristiane Machado, Ocimar Munhoz Alavarse, Adolfo Samuel de Oliveira , 2015

O artigo estuda os resultados, na Prova Brasil, dos alunos dos anos finais do ensino fundamental da Rede Municipal de Ensino de São Paulo. Contextualiza a avaliação da educação básica no país e ressalta a criação da Prova Brasil e do IDEB como elementos balizadores do debate sobre a qualidade do ensino.Analisa o objetivo do IDEB de ser um indicador de qualidade da educação e conclui que, embora ele não contemple toda a qualidade da educação escolar, evidencia determinada e importante qualidade das escolas e redes. Explora os resultados dos alunos e escolas na trajetória histórica das aferições da Prova Brasil, comparando-os com a escala de proficiência criada pela SME-SP para classificar os alunos na Prova São Paulo, avaliação externa dessa rede, que tem como referência os critérios da escala Saeb. Conclui ressaltando que a investigação dos dados das escolas municipais paulistanas pode fortalecer a compreensão da avaliação não como fim em si mesmo, mas como oportunidade de associá-la às transformações necessárias para a escola pública garantir o sucesso de seus alunos.

Avaliação da educação básica e qualidade do ensino

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REFORMA ADMINISTRATIVA DA SECRETARIA ESTADUAL DE EDUCAÇÃO DE SÃO PAULO (2011), PROGRAMA ENSINO INTEGRAL (2012): administração pública gerencial em processo

Pedro Ganzeli, 2019

Este artigo tem por objetivo analisar as principais características da reforma administrativa da Secretaria Estadual de Educação de São Paulo (2011) e seus desdobramentos no Programa Ensino Integral (2012). Fundamentado no campo da política educacional, utilizamos como procedimento metodológico a análise documental das legislação e publicações oficiais relacionadas. As mudanças promoveram a acentuação da centralização na tomada de decisão, fomentando a difusão da cultura gerencial nos procedimentos de organização e gestão no âmbito da rede estadual de ensino.

Revista Exitus

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Gestão educacional e materialização do direito à educação: avanços e entraves

Cristiane Machado, Pedro Ganzeli, Educar em Revista, Curitiba, Brasil, v. 34, n. 68, p. 49-63, mar./abr. 2018

O artigo problematiza, a partir de informações do Censo Escolar da Edu-cação Básica de 2016, se e como a gestão educacional tem materializado o direito à educação consagrado na Constituição Federal de 1988. Parte-se do princípio de que proclamar direitos é distinto de efetivá-los. O estudo compõe pesquisa que investiga perspectivas e nuances da garantia do direito à educação, com ênfase na educação básica. O texto recupera a trajetória da vicissitude do direito à educação nas constituições brasileiras e analisa dados recentes referentes ao atendimento escolar na educação infantil, no ensino fundamental e no ensino médio no país. Conclui que, embora te-nhamos avançado em alguns aspectos da efetivação do direito à educação, ainda temos um longo caminho a ser trilhado para o cumprimento integral do disposto na Carta Magna de 1988, especialmente em relação ao acesso à educação infantil e ao ensino médio e à permanência e sucesso escolar no ensino fundamental.

Educar em Revista


Educação Integral: direito público subjetivo

Pedro Ganzeli, Educação: Teoria e Prática/ Rio Claro, SP/ Vol. 27, n.56/ p. 575 - 591/ SETEMBRO-DEZEMBRO. 2017. eISSN 1981-8106

A ideia de educação integral envolve múltiplas possibilidades de compreensão, especialmente no âmbito de políticas, programas, projetos, entre outras dimensões da organização do espaço educativo, relacionadas à ampliação do tempo de permanência de estudantes em atividades educativas, que, por sua vez, atendem a um determinado modelo de Estado. Este artigo tem por objetivo analisar a concepção de educação integral na perspectiva da formação do sujeito de direito. Inicialmente apresentaremos o modelo do Estado social de direito, conforme prescrito na Constituição da República Federativa do Brasil, de outubro de 1988, como referência para a definição das três premissas constituintes da educação integral: pleno desenvolvimento da pessoa, preparo para o exercício da cidadania e qualificação para o trabalho. Em seguida, exploraremos as características básicas do planejamento participativo, processo fundamental para a realização da educação integral nos espaços educativos. Considerando que a educação, na perspectiva da formação do sujeito de direito, deve atender a integralidade do ser humano, este estudo contribui na construção de referencial conceitual sobre a educação integral.

Educação: Teoria e Prática